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Francine G. Rodrigues
Criar Ribeirão Preto

Os ilusionados

Quando os veículos espaciais da Nasa se despediam do Centro Espacial F. Kennedy, um ancião, o Velho do Espaço, elevando a voz, manifestou sua opinião sobre viagens a Marte. Essa seria uma viagem decisiva à descoberta da presença ou não de seres inteligentes no Universo. O Velho, com sua "voz pesada" condenava aquela aventura insana, com objetivos de riquezas, poder e fama. Diz o senhor que, para ir enfrentar desnecessariamente perigos desconhecidos, os americanos abandonavam os problemas de seu país e do seu próprio planeta.

A dúvida que circunda o homem apenas mudou de direção. Se nas Grandes Navegações a dúvida era horizontal, hoje, ela se tornou vertical. Em alto mar, o caminho incerto, mas com "destino" certo, às Índias, era para a busca de especiarias. Pela força do acaso, novos territórios foram descobertos; e neles, novos seres. Um tanto quanto diferentes. Seriam os extraterrestres da época. E se foi assim, o que o homem procura? Colonizar povos? Procurar mercado consumidor? Importar mão-de-obra? Temos pouquíssimas evidências de que realmente existam ETs, o que há são relatos de pessoas que dizem ter visto "monstrinhos". Mas entre a visão e a mente humana, ainda há muitos mistérios. Se bem que se esses são os objetivos da busca, os países subdesenvolvidos, antes sós no universo com todos iguais, do que acompanhados e ter a própria espécie morta de fome porque verbas são destinadas a visitas espaciais.

Se toda a busca pelo novo trouxer as mesmas conseqüências, haveria para nós um super avanço e para os alienígenas uma subordinação dos terráqueos. Mas surgem duas dúvidas. Quem está presente no NÓS? E quem disse que o homem é superior a qualquer ser? Retrocederíamos a teoria geocêntrica dos gregos. É, parece que para a descoberta de novos seres, falta  a aparição de um novo Nicolau Copérnico com a teoria heliocêntrica.

Não estamos preparados para a descoberta de nosso próprio mundo. O que nos espera com o aquecimento global? Ainda falta a perda do egocentrismo. Será o ser humano, antes de tudo, um forte? Dessa vez é melhor escutar o Velho. Vai que não conseguimos distrair um gigante no meio do caminho...