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Sergio Menezes Maito
Criar São Joaquim da Barra

Carta

São Joaquim da Barra, 14 de agosto de 2008.

Excelentíssimo Deputado Arlindo Chinaglia,

Acompanhando diariamente a questão da legalização do sistema de cotas para negros nas universidades públicas. Como cidadão, senti-me na obrigação cívica de enviar-lhe esta missiva, na qual exponho minha posição desfavorável a essa falácia de justiça social.

Acredito que a implantação desse sistema fomentaria o preconceito contra os negros beneficiados pelo projeto.Veja bem, os brancos se sentiriam discriminados com tal situação e passariam a enxergar os favorecidos como usurpadores. O senhor há de concordar que a solução da exclusão social nesse caso implica fortalecimento do preconceito racial.

Também acho incoerente visualizar, no referido projeto, uma recompensa ao negro por seu injusto passado histórico. Essa indenização criaria um novo dano, pois estaríamos prestes a retirar do negro a dignidade de conquistar sua vaga pelos méritos de seu intelecto. Assim, rotularíamos como inferiores todos os beneficiados.

Vossa excelência acha que esses prêmios de consolação solucionariam o problema da exclusão social? Eu acredito que não, pois os beneficiados e suas famílias não dispõem dos recursos necessários para a manutenção de um estudante universitário. Assim, o prêmio consistiria no certificado de matrícula, mas raramente em um diploma universitário.

Minha maior indignação, senhor deputado, é que não vejo nenhuma boa intenção nessa celeuma. Veja, pois, uma plataforma eleitoral apenas, que como todos seus pares, tem o único intuito de iludir.O senhor e seus colegas estão vendendo sonhos cujas realizações  sabem ser improváveis.

 

De seu sincero expectador.

 

S.M.M.