O Brasil construiu sua imagem no cenário mundial baseado, em grande parte, por sua extensa área vegetal. Apesar de o país ter esse reconhecimento internacional, chegando até erroneamente ser citado como o pulmão do mundo", não possui iniciativas educacionais realmente eficientes, capazes de defender e conscientizar sobre a existência dessa rica biodiversidade, pregando sua valorização e preservação.

Contudo, ser protagonista dessa fama torna-se um desafio para o país, uma vez que as cobranças por sua adequada manutenção existem e são inúmeras. A questão do desmatamento e o conseqüente aquecimento global estão em evidências nesse quesito, fazendo com que a outra parcela do mundo cobre do Brasil maior proteção de suas florestas. Todavia, tanta preocupação acaba por ofuscar os olhos do globo para o que ocorre nos demais países e suas florestas, tendo em vista que a Europa possui uma ínfima proporção de florestas mantidas.

É necessário que desde cedo se aprenda sobre a real situação da Amazônia e que se crie uma mentalidade em defesa desse patrimônio nacional. As freqüentes explorações, o intenso desmatamento e a convergência de interesses entre madeireiros, pecuaristas e agricultores necessitam estar ao alcance do conhecimento de todos os brasileiros. Não só com os que sofrem com conflitos de terra, mas de pessoas que possuirão subsídios e desejo para lutar contra o destino aparentemente já formado.

Somado isso, o ardente interesse de indústrias farmacêuticas estrangeiras focado na biodiversidade local, reacende as disputas para a realização de pesquisas, aproveitando-se da proteção falha ou inexistente que a Amazônia possui, abrindo as portas para a biopirataria e criações indevidas de patentes.

Assim, a necessidade de criar eficientes iniciativas educacionais a fim de reforçar a questão da valorização e da preservação das florestas, que são o maior patrimônio nacional é imprescindível para que a consciência ambiental se fortifique e consolide o quanto antes.