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Luis Fernando Matos Bastianini
Criar Ribeirão Preto

À tarde chuvosa, o suplício e a inevitável sina

Cheguei ao mundo numa chuvosa tarde de sexta-feira, na singela casa da pequena chácara Jundiaí. Segundo Balduíno, meu pai, minha mãe Maria enquanto recobriu a roupa, pois o tempo revoltara-se e parecia que ia chover começou a sentir fortes contrações uma vez que estava grávida. Meu pai que não estava em casa aquela hora, chega cerca de uma hora depois e vê mamãe com dores e hemorragias.

A pedidos dela, ele sai em busca de uma parteira, um médico seria quase impossível, devido a distância e a situação financeira do meu pai. A sorte era de ter uma mulher a qual fazia partos a um quilometro de estrada de terra da minha casa. No entanto, mesmo com a chegada rápida dessa mulher, mamãe havia perdido muito sangue e infelizmente morrera naquela tarde e ao permitir minha vinda a este mundo.

Aquele Balduíno forte, bravo e destemido conhecido por todos na região abalou-se muito com a morte, seguida contam alguns moradores da redondeza já eu, Miranda, fui criado por meu pai naquela casinha da qual ficou menor ainda sem mamãe. Quando pequeno ele fora um bom pai e também fez um relevante papel de mãe, cresci saudável, graças ao leite que quatro vacas fornecia e sobrevivemos com a venda de queijos e alguns produtos plantados dos quais eram comercializados.

Sempre gostei de cavalos, a minha maior felicidade era de passar por aqueles grandes fazendas e a vistar nem que fosse de longe aqueles belos animais. Contudo devido a situação financeira de meu pai nunca pudemos ter cavalo pois, era um luxo para época. No entanto, papai me levava aos três anos de idade no sítio de seu Leofredo o qual era de posses maiores. Lembro-me como um dia de hoje coloque o velho chapéu de papai e montei no Pedrês um dos cavalos de seu Leofredo.

Ainda que muito criança aquele foi um momento epifânico para mim. Desde aquele instante sentia comigo muito forte aquela paixão por esses animais. De uma criança baixinha, de cabelos enrolados e magro tornei-me um jovem de dezoito anos agora alto, meus cabelos ficaram mais fáceis de serem penteados não fiquei obeso, não obstanto, incorporei-me. Aos seis quando comecei a freqüentar a uma escola da roça já dizia a minha professora Bernadete e ao meu pai que queria ser veterinários e ter muitos cavalos.

Quando dizia tudo isso a Balduíno um sorriso discreto e o semblante triste acometia sua face. A preocupação era de não ter condições de me manter nos estudos. Trabalhava e estudava desde os sete anos de idade e com muita dedicação e esforço de ambos as partes entrei em uma faculdade de zoologia e ciências da terra. Fui para acidade onde havia passado na faculdade, fiz medicina veterinária durante o dia e a noite era guarda em uma bela casa.

Falavam apenas um ano para terminar, aquele homem, o qual sempre me apoiava faleceu. No leito de morte dele ele dissera para eu ir até o fim no meu sonho e naquele instante antes de seu denadeiro suspiro jurei a ele que um dia seria famoso e teria um haras com animais dos quais participariam de jóqueis. Primeiro minha mãe a quem nem conheci e agora aquele que na sua humildade sempre me fortalecia em todos os momentos.

Aos poucos superei a essas pedras cerca de dois meses depois consegui um estágio o qual depois tornou-me um belo emprego num famoso haras da região da universidade. Conheci Maria Rita funcionária, desse haras com quem me casei e tive três filhos. Hoje sou ainda mais amante de todos esses seres vivos em especial dos cavalos.Com muito suor e esforço comprei aquele haras o qual fiz meu primeiro estágio e mudei seu nome para Balduíno haras. Desde o momento em que subi pela primeira vez naquele cavalo Pedrês confirmei aquilo o qual pressentia de ser um veterinário e ter vários cavalos disputando num Jôquié.