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Guilherme Fernandes Porto
Criar Ribeirão Preto

Alberto Caeiro, Kafka e Expressionismo

A solidão sempre foi inerente ao ser humano. Graças a ela monges copistas puderam conservar a história da antiguidade. Foi também inspiração para o Expressionismo, que a tinha como característica principal junto à angústia. Ademais, é caráter de personagens da literatura: Augusto Matraga e Jacinto (antes de ir para Tormes). Verdade é que, seja a solidão ruim ou benéfica, ela sempre esteve e estará presente na sociedade.

A onipresença da solidão propicia momentos de estudo e reflexão promissores. A concentração e as horas de estudo é o que torna vestibulandos preparados para provas como a da FUVEST. As obras de Michelangelo na Capela Cistina foram frutos de um trabalho árduo, onde somente a criatividade e os pincéis estavam com o pintor. Sorte da arte!

Entretanto, nem sempre a solidão é algo de que possa ser tirado proveito. As Vidas Secas da sociedade são periódicas, mas marcantes mesmo com pessoas ao redor, não há como fugir da solidão imensurável do "sertão". São todos como a barata de metamorfose, sozinhas e deixadas de lado para padecerem. E nada pode reverter isso.

Porém, todas as reflexões solitárias, boas e ruins, servem de experiências. Kafka e Graciliano Ramos ensinam maneiras de amenizar a solidão mostrando o lado abissal da vida. Em seus momentos de ateísmo, descrença no amor e individualismo, Alberto Caeiro escreveu versos sublimes de inaudita solidão. Todos, ao retratarem suas opiniões sobre o psicológico humano, suscitaram tangíveis filosofias de como entender e driblar o ser solitário.

Destarte, é visível o apego da solidão como característica necessária ao ser humano. Não há fórmula para se livrar dela. Entretanto há em opulência maneiras de a converter em benefícios: seja com a arte ou com reflexões para o aprendizado. A grande verdade, e estranhamente um paradoxo, é que se não fosse pela solidão, poderia não haver vestibulares, obras de artes, estudos sobre o individualismo, grandes obras literárias. Ou seja, o mundo seria bem mais solitário e angustiante.