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Mayara da Cruz Chiquini
Criar Ribeirão Preto

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A Lei Antitabagista fere a liberdade do fumante. Certo? Não, errado. Em nenhum momento houve a proibição de que esta pessoa ingerisse suas tão possíveis quanto desejáveis doses do elixir de Hades. Trocar o bilhete e pegar mais cedo o trem do Reino dos Mortos é apenas uma questão de escolha - INDIVIDUAL! Não se pode levar a reboque as pessoas ao redor. É sabido que o tabagismo provoca nada menos que cinco dezenas de males. "Não existe prazer sem risco" - podem alegar. Sim, é verdade. Socializá-lo, entretanto, não se faz necessário. Fumar no banheiro do avião certamente representará um alívio imenso. Porém não há vontade tantálica que justifique pôr em risco, não apenas 1 pulmão, mas a vida de muitos diante de uma pane.

Há os que gostam da saúde, tanto quanto outros da nicotina. A diferença é cristalina. Garantir o direito daqueles de respirar um ar mais puro e menos fétido não trará grande prejuízo a outra parte. Caso que, durante a inversão, não ocorre. Sete mortes por dia são de fumantes passivos. O ponto nevrálgico é a falta de bom senso. Quando uma criança torna-se extremamente anárquica a forma mais eficaz de reeducação é privando-a dos excessos de privilégios. Isso ocorre de maneira semelhante com fumantes. Já não beiravam a falta de respeito, haviam "mergulhado de cabeça" nela. Impossível voltar de um barzinho sem sentir-se a personificação de um insenso, porém extremamente mal-cheiroso. Nem mesmo Ronaldinho num lance de gênio ou de fenômeno conseguiria outra jogada para driblar esta realidade.

A lei aprovada no estado de São Paulo impede o fumar em ambientes públicos fechados. Também prevê multa ao estabelecimento que "permitir" transgressões. Radicalismo, homólogo àquele dos EUA durante a vigoração da Lei Seca. Isso não se sustenta. Nossos vizinhos ricos fecharam todas as fábricas de bebidas alcoólicas que fez surgir a "Era de Ouro" para a Cosa Nostra, a máfia americana. Fechar as fábricas de cigarro está a léguas, talvez num Reino tão tão distante, do que foi apresentado por aqui. Nem mesmo nosso ilustríssimo presidente Lula concordaria com isso. Além de fumante não é inteligivelmente capaz de separar os interesses públicos dos privados. Afinal cigarro e bebida combinam tão bem quanto açaí com granola ou ainda PT e mensalão. Nossa sociedade agoniza sustentada em pequenos e cínicos eus.

Abandonar o gosto atávico de manter privilégios individuais nos faria mais irmãos e poderíamos, assim, traçar caminhos por onde passariam os trilhos da justa igualdade, como um dia pensou o sábio Drummond.