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Bruna F. Xavier
Criar Ribeirão Preto

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Somos os filhos da revolução. Somos burgueses sem religião. Somos o futuro da nação. Geração coca-cola. Esta, evidenciada por Renato Russo em sua música, foi a geração de nossos pais. Em sua maioria jovens questionadores do imperialismo norte-americano e árduos defensores da liberdade hippie na época, constituem a grande massa ora repressora, ora liberal da sociedade moderna. Assim, é debaixo dessa ambigüidade comportamental que nos formamos: Jovens.

É fato que nos moldamos segundo os padrões morais e éticos pré-estabelecidos e cultuados por nossa "tão justa e perfeita" sociedade. Dessa forma, nos tornamos precocemente consumistas em potencial e com a sexualidade à flor da pele. Contudo, não podemos culpá-la por todos os males que nos atingem; uma vez que, nos obrigando a praticar todos os dias as teorias maquiavélicas de "O príncipe", aumenta nossa bagagem cultural! Sabemos a "essência" do livro, sem nunca precisarmos conhecer sua "aparência" e conteúdo.

Não só de futilidades está cheia a cabeça do jovem, mas também de cobranças e pressões. O sonho da maior parte da juventude de classe média é entrar na faculdade para conseguir "ser alguém na vida" e reconhecido socialmente. Assim, a escolha profissional passa a ser nosso maior dilema. Em pleno ápice da vida, em que não há quase preocupações com horários e deveres, temos que optar por uma profissão com que nos identificamos. Entretanto, nem sempre escolhemos o que gostamos, trocando-a por uma mais rentável ou do gosto dos pais.

É essa geração de "tomadores de Prozac" que eleva a confusão de nossas idéias. Vivem entre a liberdade e a ditadura, pois quando não nos mimam muito, censuram tudo e todos. A sociedade nos cobra posturas em relação a ideologias, por nossos pais terem sido grandes questionadores da ordem político-social. Todavia, o que percebemos é que nada mudou no cenário político e que a corrupção é uma constante no Brasil. Com isso, não há estímulos para reivindicarmos mudanças; além do mais, só queremos ser Leonardinhos, livres para curtir nossa juventude, para só depois nos tornarmos "sargento de Milícias". A geração coca-cola de outrora, portanto, vem transformando seus filhos nos tão criticados "enlatados do USA".