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Lilia Mendes
Criar Franca

O soterramento da humanidade

Ao longo de centenas de anos, pensadores como Aristóteles, Sócrates, Platão elaboraram e construíram a base ética e moral de toda uma sociedade. Esses valores possibilitaram à espécie humana reprimir e dominar seus instintos "selvagens" promovendo a construção da civilização a partir da racionalidade.

Porém, com o surgimento da dinâmica capitalista, o homem é instigado a buscar incessantemente o lucro e o poder, tornando-se, assim, desprovido de racionalidade. Tal falta de razão seria vista por José Saramago como " a cegueira branca", que aflige todos aqueles que, de certa forma, enxergam apenas o que querem.

Um bom exemplo dessa adoração ao materialismo seria o maior acidente ambiental vivido nos Estados Unidos com a explosão da plataforma localizada no Golfo do México. Tal acidente poderia ter sido evitado com a instalação de um dispositivo de segurança; porém, como seria, geraria uma despesa muito alta. Quem sofreu as consequências, mais uma vez, foi o meio ambiente.

No contexto histórico, a evolução e o progresso se tornaram sinônimo de destruição. O novo milênio retrata uma biosfera explorada e castigada por ações antropocêntricas. Porém, a comunidade científica já comprovou que os bens que a natureza oferece à humanidade não são facilmente renovados. Mesmo assim, as ações do homem permanecem incompatíveis com as necessidades veementes de proteção.

Conforme Martin Luther King, "nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente". Sendo assim, o homem está cada vez mais cético à realidade. A natureza vem dando suas mensagens. Os alicerces estão frágeis e os reparos serão necessários. Afinal, se o imóvel global ruir, todos seremos fatalmente soterrados.