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Lilia Mendes
Criar Franca

O tripé do mundo real

Ao analisarmos o contexto histórico, podemos concluir que o homem, desde os tempos mais remotos, vive em constante questionamento sobre os direitos e deveres que lhe pertencem. Anos antes de Cristo, grandes filósofos como Platão e Aristóteles já propagavam o Direito Natural. Para tais pensadores, o simples fato de nascer humano já garante a esse ser direitos inerentes à natureza.

Durante a história da evolução, a vida em sociedade instigou o homem a buscar a justiça, o equilíbrio e a igualdade de direitos. Algumas buscas resultaram em conquistas grandiosas. Atenas, antiga cidade grega, dividida em uma sociedade hierarquizada e imóvel, implantou a democracia na sua forma de administração. No Império Romano, os plebeus, excluídos de uma vida política, alcançaram direitos que os tornaram mais dignos e honrados.

Porém, o momento mais importante da história dos Direitos Humanos teria ocorrido com o fim da 2ª Guerra Mundial em 1945. Países com objetivo de restabelecer a paz formaram a Organização das Nações Unidas -ONU- e Proclamaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, composta por 30 artigos, enumerando os direitos fundamentais de todo homem sem qualquer discriminação. Mesmo com um objetivo de imensurável relevância, tal declaração, permanece apenas no papel.

Pesquisa realizada pela Anistia Internacional revela que 81 países praticam maus tratos e torturas contra a população; 77 países têm a liberdade de expressão censurada; e em 45 países, pessoas ainda são presas por suas posições políticas. Tais nações são membros da ONU e assinaram a declaração, dita universal, que prevê como ilegais todos esses atos praticados em seu território.

Universalismo dos direitos humanos, igualdade, liberdade e espírito de fraternidade, citados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, para muitos, assim como na obra Utopia, de Thomas Morus, compõe um mundo idealizado, imaginário e irreal. Logo, ter direitos garantidos apenas em papel não é suficiente. Precisamos desmoronar o tripé composto pela injustiça, desigualdade e impunidade. Só assim, caminharemos rumo a um mundo mais justo e equilibrado, revigorando o intuito de humanidade e respeito.