MELHORES REDAÇÕES DE ALUNOS

Diego Pucharelli Resuto
Criar Ribeirão Preto

Vigilância epistêmica: a abolicionista

A política do new deal convencionada pela indústria cultural estadunidense foi idealizada pelo mecanismo capitalista. Esse conceito atrelado ao racionalismo contista e o poder baconiano do conhecimento foram as forças motrizes para geração da tecnologia anti-ética alienante e manipuladora. Com isso a sociedade-resultado desses ideais fora a civilização egoísta, letárgica mental, detentora de relações líquidas e principalmente desumana e aculturada. É evidente os atributos progressistas originados do desenvolvimento tecnológico, porém a paralização mental do homem é muito mais aparente.

Os direitos básicos do Código do homem pós-Revolução Francesa como saúde, educação e alimentação foram protegidos e melhorados pelo progresso cientificista, porém o Estado Leviatã tecnológico atribuiu-se de obras públicas para introduzir a problemática propagandista na intelectualidade popular. Essa introdução foi visível nos governos nazista de Hitler-Goebles e comunista de Stálin. A manipulação de informações é o mecanismo estadista para alienar e coergir a massa sem a presença de violência física, somente mental. A maquiagem colocada nas informações é um crime ético, pois inibe a crítica e prevalece a desigualdade política - representativa, discursiva e argumentativa.

A perda da crítica argumentativa é a ilustração do poder que a tecnologia concentra. Assim, o controle sobre as patentes, invenções, armas e fluxos informativos - mídia globalizante - representa o poder manipulador sobre a massa. A escravidão mental é conseqüência da sociedade virtual líquida e fútil, que mesmo frente a um fato antagônico ao ideal imposto pela mídia-estadista se auto-diagnostica com "cegueira branca", como na paradoxal problemática mental de Fabiano de Vidas Secas, quando este se percebe confuso em relação à finalidade do Estado em sua seca vida.

A degradação das relações humanas fez da ética algo fútil para as ações do poder. A ideologia capitalista e consumista atrelada à tecnologia visualiza no humanismo o prejuízo. Assim, a propaganda dos governos anula os fatos reais idealizando a miopia na sociedade alienada, ou seja, as visões de miséria são plenas miragens sociais. Com isso, a única tecnologia opositora da alienação e idealizadora de ética é a vigilância - leitura inteligente - o que permitirá a quebra das algemas do escravismo mental.