Era uma vez um lobo mau, muito mau, o qual queria devorar três porquinhos, ele quase devorou estes quando isolados, mas juntos o resultado foi o lobo em um grande tacho de água fervente. Esta história infantil contrasta com a vida real, em que a mídia é o lobo malvado e os porquinhos estudantes hodiernos.

A mesma tecnologia o qual hoje interliga inúmeros grupos de estudantes já foi e é ainda usada como método de nos afastar. Após o mítico ano de 1968 e os conseguintes, em que ocorreram a revolta na Sorbonne (França), a Primavera de Praga (TCHECOSLOVÁQUIA) e a luta contra a ditadura (Brasil), esta arma foi ativada com um único objetivo: desagregar os grupos jovens (porquinhos) e convencê-los de que são alienados.

A juventude brasileira, e porque não a mundial, é uma geração estigmatizada? Sim, somos a geração mais pluralizada possível, não gostamos de apenas um tipo música e sim várias, não vemos apenas uma cor e sim nos associamos com inúmeras raças, não vemos uma diretriz religiosa e sim várias ou porque não nenhuma? Este é o pilar matriz de nossa construção (coletiva) a multipolarização, o qual o lobo tanto tem medo.

A mesma arma, a qual um dia nos desagregou com falsas afirmações, após domada hoje, nos une. Pela rede transformamos simples toque no teclado em um completo arranjo no qual, um coro, clamam por respeito ao dinheiro público e obras eficientes a população. O dia 7 de setembro foi um marco para esta nova geração, em que estudantes foram com máscaras do filme "V de vingança" e pediam por justiça aos políticos corruptos. Uma reunião de porquinhos lutando contra lobos sedentos por sangue e dinheiro.

Uma geração jovem de suínos contra lobos é o que somos. Lobos manipuladores e desagregadores de seu mais suculento alimento (nós), ao tentar nos separar e assim nos devorar. Porém a sua principal arma, a mídia, a domesticamos, e agora a usamos contra esses animais peludos, para se possível escaldá-los em água fervente e mostrar que a vara unida é mais forte que qualquer de seus manobradores.