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Dener José Gean Giassi
Criar Monte Alto

Estrutura Fixa

Taj-Mahal, pirâmides, arranha-céus. São construções do passado e do presente que se mantêm firmes. Para tal receberam um bom alicerce, pois sem ele seriam frágeis e desabariam. Algo semelhante acontece conosco. Um bom suporte garante infância e adolescência saudáveis e mais chances de sucesso no futuro. O melhor deles é a família, a qual infelizmente para muitas crianças não existe. Visando atenuar esse quadro, foi criada a prática da adoção.

O Brasil é um país desigualdades, resultado das chagas ainda abertas de seu passado. Falta de escolaridade, má distribuição de renda entre outros são problemas sociais que criam rachaduras em inúmeros lares. Quem sofre são as crianças: segundo o IBGE, há cerca de 3,7 milhões de órfãos no país. Capitães de obras embasadas em areia.

Nesses casos, as famílias originais não têm as condições necessárias para criar seus filhos. Falta amparo, educação e afeto, o que pode causar um colapso na vida futura do jovem, levando-o à criminalidade. A solução é encaminhá-los para famílias capazes de dar-lhes uma vida digna e com oportunidades.

No entanto, as portas da esperança de muitos órfãos acabam sendo seladas. O responsável por isso é a burocracia brasileira, famosa por caminhar a passos de tartaruga. Sem falar no preconceito dos pais adotivos, cujo interesse é maior por bebês e vai diminuindo à medida que a criança cresce. Como o processo legal demora no mínimo 1 ano, ao final muitos interessados já desistiram. O prazo de validade fictício foi ultrapassado.

O abandono de crianças é de fato um problema que requer atenção. Os órfãos formam um segmento social frágil, que precisa de cuidados - daí a importância da adoção. O papel do governo é reduzir a burocracia e a pobreza no país, além de criar campanhas de conscientização. Porque um país com estrutura fixa se manterá para sempre de pé - como o Taj-Mahal, as pirâmides e os arranha-céus.