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Gabriela Abe
Criar Monte Alto

Homens de honra

Nossa vida é como um filme. Expectadores assistem-nos ao longo dela e nossas escolhas, atitudes e caráter determinam se somos o mocinho ou o vilão da história. Se a escolha for a primeira, seria como o filme "Homem de honra" que mostra o desejo de Carl Branshear de se tornar um honrado chefe de mergulho.

Enfrentando dificuldades e o preconceito por ser negro, no começo, a única tarefa que lhe cabia era ser cozinheiro, porém com seu esforço e dedicação, ultrapassou as barreiras do racismo, e, mesmo perdendo a perna em um mergulho, torna-se mergulhador chefe da marinha. Já escolhendo-se a segunda, muitos homens ao nosso redor são o exemplo. Começam do zero, mas para alcançarem o que almejam, perdem, não a perna, mas o caráter e a dignidade e assim o fazem, desrespeitando o próximo e não tenho mérito em suas conquistas. Honra seguida de desonra.

Alcançar a honra merecidamente parece ter diminuído em importância, principalmente no mundo Ocidental moderno, visto que em vários países do Oriente a honra é sinônimo de realização pessoal e profissional. Isso se deve ao fato de novos estereótipos de honraria terem sido criados. Contemporaneamente, essa ideia está relacionada ao poder.

Poderosos são glorificados e vistos como homens de garra e determinação que conseguiram alcançar o topo. Engano. E esse engano apaga as fronteiras existentes entre honra e desonra e fazem-nas andar juntas. A honestidade passou a ser arcaica e motivo de vergonha, e o título de honraria agora pode ser recebido sem meritória e suas regras apenas observadas de longe.

Um dos anagramas de desonra é senador. Ironicamente até isso induz associarmos a desonra com a política. E infelizmente essa é uma verdade quase unânime. Somos mostrados por este e aquele caráter que, para desviarmos da honra para a desonra é apenas preciso um passo. Por isso, devemos escolher ao lado de qual caminharemos para tornarmo-nos os mocinhos e, no final, sermos aplaudidos de pé, por mérito.