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Lorena Ferrante
Criar Ribeirão Preto

Alice em perigo!

Mundo encantado. Bolos para diminuir de tamanho. Bolos para aumentar de tamanho. Chá mágico. Tudo é possível. Aqui tudo é fantástico. É possível ser o que quiser. Agir como quiser. E num simples pedaço de bolo e um beliscão, tudo volta ao normal. Não há consequências. Este talvez seja o mundo ideal para os jovens: podem agir como quiserem sem consequências. A realidade é um pouco diferente. Os jovens tentam buscar satisfação e prazer nas bebidas alcoólicas. Ao consumirem esses chás do mundo real contrariam a lei e condenam suas vidas.

As semelhanças entre a pequena Alice e os jovens da realidade resumem-se a um fato: a imaturidade. Ambos são crianças e/ou adolescentes, o que determina suas atitudes impensadas, seu sentimento de onipotência e, principalmente: a sua falta de responsabilidade. Como Alice, bebem o chá sem antes contestar seus males, as consequências de seus efeitos. Através das bebidas, os jovens potencializam sentimentos como a coragem e assim, fogem às responsabilidade de assumir seus atos, por exemplo. Essas "Alices", entretanto, devem ser instruídas.

Tal instrução, o aviso sobre os perigos das bebidas alcoólicas para a sua faixa etária, em especial, deve partir dos pais. Eles devem assumir as responsabilidades das suas "Alices", que por serem jovens, não possuem. É fato que na contemporaneidade torna-se dificultoso mantê-los afastados do álcool, mas é papel dos pais instruir seus filhos sobre o momento e o modo correto de ingeri-lo (moderadamente). No Brasil, por exemplo, a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos é proibida e, embora não haja punição efetiva, os jovens devem ser ensinados a obedecer às leis e fiscalizá-las, na medida do possível.

Além dos pais, é também dever da escola, orientar os jovens sobre os perigos que o consumo precoce de bebidas alcoólicas oferece. A escola é a floresta, o meio em que as "Alices" da realidade crescem e, por isso, deve contribuir para a sua formação social. É importante, por exemplo, mostrar aos pequenos, através de dados científicos o quanto esse consumo aumenta o risco de acidentes, não raro fatais, e facilita o uso de outras drogas. Mostrando aos jovens o quanto a satisfação do álcool é efêmera e o quanto seus uso de modo indevido pode condenar suas vidas, criam-se, ao menos em tese, futuros adultos consciente.

Os jovens do mundo moderno são como "Alices": buscam a sua satisfação, acima de tudo, pensam que tudo é possível e não possuem a noção de responsabilidade sobre seus atos: são jovens! É imprescindível que essas crianças e adolescentes sejam orientados pelos pais e pela escola sobre a lei que determina quando realmente podem beber e a necessidade de seu cumprimento e fiscalização. É como se os pais do mundo contemporâneo devessem espalhar entre o mundo fantástico de suas "Alices", plaquinhas advertindo sobre os perigos que os chás ou os bolos mágicos inerentes ao seu mundo, podem lhes oferecer. Pois no mundo chamado realidade, um beliscão não será suficiente para que tudo volte ao normal.