MELHORES REDAÇÕES DE ALUNOS

Marília Abrahão de Araújo
Criar Franca

A nova era do mal

Na época dos primatas, a guerra estava ligada ao instinto de sobrevivência. Lutava-se por comida território ou até pela fêmea. Com o advento da "civilidade" e mais tarde do capitalismo, surgiram as dicotomias sociais. Assim, tornou-se freqüente a guerra atrelada à reivindicação por mudanças, ou seja, dotada de ideais. Hoje, o instinto humano ressurgiu porém mais cruel e voraz.

Uma característica marcante desse mundo atual é a banalização da morte. O homem é cada vez mais o lobo do próprio homem. Já não são mais necessários motivos para matar. Um exemplo mundial é a monstruosidade que os Estados unidos e a Inglaterra realizaram no Iraque. E tudo por seus próprios anseios, afinal, não houve aval da O.N.U.

Esse cenário demonstra o fim das aspirações éticas e morais tão buscadas pela humanidade. A ciência que deveria beneficiar o homem o tem destruído completamente. A indústria bélica é tão inescrupulosa que obriga gênios como Nobel a decepcionar-se após suas criações. Isso porque, a trinitroglicerina foi utilizada para um fim diferente do propósito para o qual foi criada.

Em meio a todo esse espetáculo de sangue, encontra-se uma platéia individualista e distraída pelo consumismo e preocupada em apenas "salvar a própria pele". No mais, ainda tem alguns passageiros à Pasargada. Eles buscam fugir da realidade cruel nas drogas ou enclausurados em uma depressão.

Passou a fase da disputa por sobrevivência. Foi-se também o desejo de impor opiniões. Tem-se um mundo dominado pelo caos onde as regras de cidadania e convivência harmoniosa foram jogadas no lixo. Vê-se, portanto, um mundo que agoniza.