MELHORES REDAÇÕES DE ALUNOS

Suheyla Pollyana Pereira
Criar Ituverava

Experimente!

Penso que o amor é, antes de tudo, o sentimento que mais se parece com o homem: é imprevisível, contraditório, redentor e, ao mesmo tempo, perigoso. Ferimos, sofremos, choramos e rimos... Vamos de um extremo a outro - do céu ao inferno, por exemplo - em segundos... Experimentamos as mais amargas e as mais doces sensações... Tudo isso por amor.

Algumas vezes, temos tanto medo dessa sensação "tão contrária a si mesma" que nos fechamos, nos protegemos de tudo e todos que possam abalar nossa estabilidade emocional. Pobres de nós - reles mortais - que julgamos estar a salvo. O que aconteceu foi apenas uma erupção de amor próprio, disfarçada de medo, desconfiança e superioridade.

Mas, não raro, também acontece o contrário. Personificamos uma explosão de amor: amor para dar, vender, distribuir, sortear... E nos frustramos de novo. Nessa fase da vida (na qual a cerotonina literalmente "faz a festa" ) vemos nas pessoas modelos ideais e perfeitos e que, conseqüentemente, não existem. Assim que nossas glândulas e neurônios voltam ao normal, percebemos que nenhuma daquelas idealizações existe. Sentimo-nos traídos, decepcionados e temos uma pontinha de inveja da "felicidade" dos outros.

O mais importante não é saber sua natureza: química, metafísica, sentimental... o amor deve ser apenas sentido - como diria Alberto Caeiro. Embora ele seja como um poderoso remédio, com efeitos e reações adversas gostosas e perigosas, é melhor não procurarmos sua bula. Eu julgo que, no final das contas, a melhor coisa a se dizer sobre o amor é vale a pena experimentar!