A possibilidade de escolha dos governantes é uma relevante conquista adquirida pelas sociedades. Através de evoluções, bem como de conflitos fratricidas contra regimes ditatórias, alcançamos o direito de selecionar os lideres de maneira facultativa, e não impositiva. Os pleitos contemporâneos, contudo, particularizam-se pelo marketing, por meio do quais os candidatos são fabricados segundo demandas publicas.

O horário eleitoral de rádio e TV encontram-se repleto de indivíduos que se proclamam capazes de solucionar as vicissitudes brasileiras. Emprego, saúde, educação e segurança são temas predominantes nas campanhas, sendo difundidos como plenamente, exeqüíveis. Durante o mandato, porem, promessas são negligenciadas e princípios éticos e ideológicos são violadas, explicitando que o projeto de poder se sobrepõe ao de governo.

Analisando a historia, infere-se que a propaganda passou a ser empregada "eficientemente" em disputas políticas na época de Hitler. De acordo com um de seus ministros, a repetição incessante de uma mentira torna-la-ia uma verdade. Não somos mais censurados, tampouco assolados por torturas, mais continuamos suscetíveis a estratégias persuasivas responsáveis, sobremaneira, por eleger mandatários cuja competência momentânea, revelando-se pífia ao longo do tempo.

É sabido que o eleitor do Brasil manifesta um profundo descalabro em relação à política. Relegando-a ao ostracismo, a maior parcela da população considera que os pleiteantes priorizam interesses privados, excluindo anseios coletivos. Essa atitude inercial é veemente deletéria, pois isentam os governantes do controle público, incitando-lhes a prática ilicitudes, uma vez que se consideram imunes ao julgamento eleitoral. Por esse motivo, parlamentares tacitamente envolvidos em irregulares retornam aos cargos, transformando o Brasil em um país em que a corrupção é eloqüente.

Pelo que foi exposto, o principal objetivo do Príncipe é a manutenção do poder, não importando os meios que utilize para perpetuá-lo.Portanto, os representantes não devem prescindir de fiscalizar o comportamento e de exigir mudanças, a fim de solapar a existência de "príncipes" nefastos à democracia.