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Diego Fernandes Batistella
Criar Franca

Viver não é preciso

Por meio de receitas prontas, os livros de auto-ajuda prometem a felicidade eterna. A ciência promete a "cura de genes tristes". E muitos dizem que o bem estar está no dinheiro. Se você, leitor, acredita em uma dessas maneiras de ser feliz, está na hora de rever seus conceitos.

Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, diz que a felicidade pode ser explicada pelos genes e pelo cérebro das pessoas. Para provar isso, cientistas usam como exemplos gêmeos idênticos que apresentam a mesma capacidade de montar o equilíbrio emocional, mesmo que sejam criados em ambientes diferentes. Porém, acreditar que a felicidade depende unicamente da perfeita harmonia do organismo, seria tão equivocado quanto acreditar que esse texto faz parte de um livro de auto-ajuda.

Por falar em auto-ajuda, essas obras que prometem maneiras infalíveis de conquistar a felicidade, funcionam como livros que dizem: Lavar as mãos ao sair do banheiro faz bem. Além de se basear no senso comum, só funcionam com quem não as lava.

Por incrível que pareça, os autores desses livros ganham muito dinheiro, e não é isso que garante a felicidade deles. Pesquisas realizadas por aqui mostram que a vida afetiva, a garantia de emprego e a qualidade de vida são consideradas mais importantes que o dinheiro. Por isso é que, em todos livros de auto-ajuda, está escrito que dinheiro não traz felicidade. E com isso concordo.

No entanto discordo do resto que é escrito nos livros de auto-ajuda, e também de Daniel Gilbert. Acredito que a felicidade está em estabelecer metas e lutar para alcançá-las constantemente. Contudo, não podemos desistir se não conseguirmos realizar nossos planos, pois, como diria Fernando Pessoa, "navegar é preciso, viver não é preciso".