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Laura de Fátima Bueno Motta
Criar Ituverava

Ao vencedor, as batatas!

Civilizações de diferentes lugares, em pleno século vinte e um, ainda cultivam ideologias intrínsecas a períodos aterrorizantes da história da humanidade. A aversão a indivíduos pertencentes a raças distintas do arianismo, o repúdio à homossexualidade e os ataques xenófobos tornaram-se heranças legítimas, advindas de "monstros" que assombraram o mundo e massacraram a vida de milhares de cidadãos inocentes. Adolf Hitler, líder nazista e Benito Mussolini, mentor fascista, foram os principais responsáveis por essa segregação, deixando aos descendentes o verdadeiro "legado da miséria".

A intolerância de potências mundiais para com as nações emergentes é uma marca evidente de nazismo. Os fluxos migratórios de pessoas que passam por privações em seus países de origem são, em grande parte, interrompidos por um sentimento de xenofobia. Na Europa e nos Estados Unidos, imigrantes rendem-se a explorações, submetendo-se a empregos desqualificados e condições de vida deploráveis. Mesmo considerada emergente, a África do Sul foi palco de inúmeros conflitos desencadeados recentemente pela chegada de norte africanos no sul do continente.

Características neonazistas e neofascistas também são encontradas em grupos associados às idéias totalitárias. Os skinhead e os membros da klu klux klan refletem, no universo contemporâneo, as atitudes e a conduta exercidas por Hitler e Mussolini. São eles que ainda semeiam a ignorância e retrocedem ao imortalizar a teoria de superioridade da raça branca. Dessa forma, promovem a exclusão de seres humanos diferenciados quanto ao padrão estipulado por esses "herdeiros" cruéis.

A humanidade caminha para um novo holocausto. A intolerância das diferenças contribui para o surgimento de ideologias autoritárias e conseqüentemente uma menor interação entre indivíduos de todo o mundo. Não raro, através dessa não aceitação, conflitos étnico-religiosos e torturas ilógicas tornam-se constantes. A glória de mandar e a vã cobiça acabam virando réplica de uma época em que grandes potências, como Alemanha e Itália, destruíram sonhos e utopias.

Hoje, o sistema capitalista é uma concreta influência de políticos autoritários. Apesar de não utilizar práticas extremistas, a nova ordem mundial exclui de seu contexto os desprovidos do aclamado capital. Dessa maneira, a opressão e a injustiça predominam de forma brusca, sem precisão de encontrar um final. Vestígios nazistas e fascistas prometem continuar assombrando vidas marcadas pela profunda desumanidade. Infelizmente a lei dos mais fortes ganha espaço a cada dia, e nós, reféns desse sistema, continuaremos sustentando essa barbárie. "Ao vencedor, as batatas!"