Em todo o universo, durante diferentes épocas, a humanidade construiu inúmeros laços afetivos entre pessoas de etnias, culturas e padrões econômicos distintos. As razões que contribuem para que esses relacionamentos sejam efetuados superam qualquer empecilho do ponto de vista dos indivíduos envolvidos nessa situação. Porém, em determinadas sociedades, o modo de encarar o estreitamento de vínculos faz com que principalmente as relações conjugais sofram modificações e de uma certa forma isso reflete nos costumes e no desenvolvimento de um país ou de um continente.

Em lugares como a China, a aproximação de um casal acontece de maneira extremamente conservadora. No Afeganistão também, as tradições são preservadas. Mulheres andam cobertas por véus e ainda predominam regras que exigem a pureza das jovens até o casamento. Já em civilizações como o Brasil, o conceito de amor e sexo está mais banalizado pela população. Homens e mulheres mantêm relações sexuais sem estarem envolvidos emocionalmente.

Devido às dominações do sistema capitalista, muitos relacionamentos são desencadeados em conseqüência da situação financeira ou status social inerentes ao parceiro. Adriane Galisteu conseguiu sucesso explosivo após um "envolvimento" com Airton Sena; Mônica Levinsky ganhou proporções mundiais ao revelar publicamente o líquido espermático de Bill Clinton, com quem mantinha relações extra conjugais. Hoje Carla Bruni, esposa de Nicolas Sarkozy conquista fãs e projeta-se como cantora e primeira dama da França.

Mediante essas formas de vínculos afetivos, pode-se dizer que a cultura e a sociedade influenciam a conduta dos indivíduos e transformam pensamentos e atitudes, que podem oscilar entre o total liberalismo e o extremo conservadorismo ou ainda sustentar uma relação por interesse. Assim, em um país onde as mulheres vivem reprimidas, consequentemente sua participação política e social será ínfima. Em nações em que acontecem relações escancaradas, a probabilidade de aparecer um maior índice de natalidade aumenta incessantemente.

Entretanto, dentre todos os vínculos estabelecidos, os efetuados por conveniência são os mais preocupantes. A banalização do ser humano e a insignificância do sentimento alheio promovem a hipocrizia e uma intensa perda de valores que atingem o homem contemporâneo, perdido em um profundo abismo capitalista. Em meio a essa problemática, grande parte da humanidade não se preocupa mais em construir uma família, transmitir bons princípios e modificar o mundo, carente de verdadeiros afetos. Hoje a realidade é outra. A realidade é a de Brás Cubas que foi amado por Marcela durante quinze meses e onze contos de réis.