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Marçal de Paula Nardelli
Criar Ribeirão Preto

SEM TÍTULO

O Brasil nasceu como colônia de Portugal, quando estava se sentindo grande para querer andar. Foi passado para o colo da Inglaterra. Foi apenas no governo de Getúlio Vargas e de João Goulart que experimentou seus primeiros passos sozinho. Tinha muitas expectativas de crescimento com as reformas de base feitos por Jango, principalmente quanto ao modelo Francês de educação que seria adotado e que valorizava o pensamento e o direito de todos ingressarem na universidade. Porém, essas reformas não resistiram às pressões das multinacionais e da burguesia. Assim, o Brasil dava seu primeiro tombo, no golpe militar de 64, e as "generosas mãos" do imperialismo Norte-Americano o seguraram, alegando o cuidado para não se machucar.

Dessa forma, perpetuava-se na nossa história a herança da infância do Brasil. Com a adoção do modelo americanizado de educação, a pequena porcentagem de crianças que tem mais sorte que Pedro Bala de "Capitães da Areia" e possuem o acesso à educação, acabam indo a escola sucateada, com professores desqualificados. Nem vou dizer que com tão baixa motivação, vão obrigados e, sem vontade, pouco aprendem. O resultado disso é que o pouco que aprendem é sobre como sobreviver frente a violência e vão sendo passados de ano sem saberem ler e escrever.

As esferas de poder interessadas em manter as massas emburrecidas e controlá-las, mantiveram essa política, levando ao surgimento de jovens desqualificados e lançados em uma competição desigual por uma vaga na universidade ou por um bom emprego. Sem acesso a isso, é notável o aumento do número de jovens na informalidade ou em atividades ilícitas. Além do direitos dos cidadãos que estão na constituição, como saúde, alimentação, educação e cultura, não serem assegurados pelo Estado, temos a falta de instrução, o que gera violência, desrespeito e preconceitos.

Ainda bem que o Brasil ainda não atingiu a terceira idade, pois senão saberia como é difícil ser idoso no nosso país. Devido a baixa população economicamente ativa, gerada pelo desemprego e informalidade, temos déficit na previdência social e não podemos promover uma aposentadoria digna. A partir disso, começa-se a observar o descaso do governo e da sociedade, até mesmo na hora de deixar passar na frente em uma fila. Assim, os idosos vão sendo deixados em asilos, ficam dias esperando por um atendimento de saúde e não recebem políticas para continuarem a ser produtivos, seja ocupando a mente passando suas experiências de vida ou contando historinhas para crianças.

Dessa forma, um país com essas características não tem como prosperar se não fizer amplas reformas, como investir na educação, gerar empregos, criar políticas para idosos e assim cumprir seus deveres como Estado. O Brasil é como uma criança, que precisa de incentivos e liberdade para crescer "Forte" e tornar-se um profissional de sucesso.