A internet é um fenômeno atual que vem atrelado uma nova sociedade. Essa teve que rever seus conceitos a partir do momento em que o certo e o errado se tornaram uma linha tênue. Então, o computador tornou-se o mundinho onde tudo pode e nada está fora da legalidade, certo? Errado. Os usos da rede derivam de muitos valores que, uma vez já existentes na realidade, permeiam o mundo virtual.

As facilidades de comunicação, de alcance e, principalmente, de não exposição da imagem aguçam um uso indiscriminado dessa ferramenta tecnológica. Porém, existem meios, como os números de IP, que identificam e encontram computadores de onde saíram alguma delação ou depreciação. O governo, por esse lado, utiliza essa tecnologia para solucionar crimes. Eis aí uma falha no processo de quem acredita em um mundo de conexão livre. O valor da privacidade encontra-se em jogo a todo momento, quem um dia engana, no outro é enganado. Por causa disso, não há esconderijo e não há meio de não ser encontrado.

Por outro lado, existem utilidades que são dignas de méritos na internet. Entre elas, adventos como a inclusão social, que permitem o relacionamento entre pessoas independendo da cor, religião ou preferência sexual. As divergências e convergências da essência humana nunca foram tão discutidas e aceitas, o que é devido, em grande parte, ao fenômeno virtual que veicula tais debates. O que traz a outro ponto: a democracia real, que é apresentada às pessoas do século XXI, por intermédio de sites de comunicação. Mais do que garantir acesso às informações, a internet é porta aberta para as vozes que não devem ser caladas. Algo indispensável ao momento em que vivemos em que a globalização fez o mundo ser pequeno.

Nesse ínterim, o uso da rede é delimitado pelos valores que são transmitidos por ela. Assim, tendo o homem como veiculador e manipulador dos conceitos, a interação das massas populacionais é visível onde, em qualquer lugar do mundo, é possível obter notícias de casa. A internet passa a ser um livro errante e viajante pelo mundo, a Bíblia que dita a moral de uma nova sociedade.