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Rafael Fontes Rodrigues
Criar Bebedouro

O fantoche e o mestre

Nos últimos quatro séculos o mundo passou por intensas transfigurações e evoluções, resultantes de árduas guerras mundiais e severas revoluções industriais e civis. Além de catástrofes naturais e abalos morais memoráveis como: O grande medo, o mal do século, totalitarismos e a hegemonia do capitalista sobre o socialismo.

Essas séries de acontecimentos vieram por transformar a população mundana em verdadeiros homens de gelo, calejados pelas desigualdades e exclusões sociais. Tais como desemprego, miséria e concentrações de rendas, apontando o quão injusto é o capitalismo selvagem que não deixa opções aos desfavorecidos, a não ser pelo mercado de trabalho indireto, tráfico de drogas e o crime organizado.

Quem assiste de camarote a depressão do homem é a industria da felicidade e entretenimento que não hesita em mostrar as milhares e melhores formas de adquirir a sonhada felicidade, independentemente da classe ocupante.

A revolução da felicidade é contrária aos ideais de Karl Marx, nesta não haverá luta de classes. Os operários serão manipulados a crer e a se conformar com sua mera felicidade: samba, cachaça e futebol.

No entanto, Adam Smith, continua atual, os gerentes, administradores ou classe média, continuarão financiando até à alma para comprar sua felicidade que é baseada na desgraça do pobre e uma possível ascensão à diretoria rumo à riqueza sempre motivados pelos "talk shows" e "Reality shows".

Os proprietários ou ricos continuarão recebendo todos os méritos e capitais. E em troca ajudarão instituições beneficentes; como disse Pascal Bruckner, expondo sua fútil vida e sua felicidade clandestina.

Há no entanto, peculiaridades na incessante saga de alcançar este desejado sentimento, que por sua vez, tecem excêntricas semelhanças entre as classes citadas e o passado. O obstinado senso pela perfeição. Que vêm desde o século VII, onde recém-nascidos eram selecionados por fatores restritamente físicos.

Hoje século XXI, 1400 anos de evolução, poderíamos despir este fantoche que veste a aura da humanidade. Exorcizando assim os modelos idealizados. Pois, não há falta de felicidade no mundo, mas sim uma quantidade desacerbada de infelicidade contida no mesmo.