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Mariana A. Castilho
Criar Campinas

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O narrador José Fernandes de "A Cidade e as Serras" já deixava-nos claro o seu fascínio frente às tecnologias, dentre elas o telefone, que o seu amigo Jacinto desfrutava no romance de Eça de Queiroz. O próprio D. Pedro II, imperador do Brasil, também se surpreendeu ao usar, pela primeira vez, tal aparelho. Tanto na ficção, quanto na vida real, o telefone caracterizou-se por uma revolução na área das comunicações e alguns o consideram, ainda hoje uma das mais importantes invenções humanas.

Isso porque, desde o inicio de sua criação, com Antônio Meucci em 1860, o telefone possibilitou um maior contato entre as pessoas, ema vez que era fantástico e, ao mesmo tempo, inacreditável poder comunicar-se com amigos ou parentes, independente das distâncias físicas. No século XX, também foi útil para as relações internacionais entre os chefes de governo, nas conversas sobre guerras e nas questões mundiais. A partir de 1970, contamos com a invenção do celular e este trouxe aos indivíduos a possibilidade de saírem de casa portando o aparelho e de serem encontrados a qualquer hora e local; para trabalho ou para conversa informal.

O telefone celular ganha contornos ainda mais fantásticos ao observarmos que novas tecnologias estão sendo elaboradas, atualmente, a fim de usá-los em parceria com a internet e com a transmissão digital. O programa Skype já usa a web como meio de propagação de voz e, digitalmente, já é possível conversar e ver o interlocutor simultaneamente através do celular, em tempo real.

Se, por um lado, todas essas tecnologias e facilidades comunicação fascinam a humanidade, por outro, esta acabou incorporando o celular na vida cotidiana e profissional, criando uma espécie de dependência. Segundo uma pesquisa do jornal Folha de S. Paulo, que perguntava o que levar para uma ilha deserta, a maioria dos entrevistados respondeu celular em detrimento de água e alimentos. Além disso, já é possível perceber que a subordinação homem versus aparelho de celular está enfraquecendo o contato íntimo entre as pessoas, uma vez que é mais fácil telefonar do que locomover-se até um determinado local para o encontro pessoal.

Há de se concordar que, embora o telefone tenha afastado as pessoas do contato olho-no-olho, ele contribuiu muito mais para aproximá-los na arte da comunicação rápida e à distância. Com as novas tecnologias sendo desenvolvidas, o aparelho telefônico está cada vez mais inserido no contexto da revolução tecnológica e da sociedade moderna, globalizada e interligada. Está, desde a sua invenção até hoje, cumprindo o seu papel de agente inovador e possibilitador de novas relações humanas.