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Laura Beatriz Costa
Criar Ribeirão Preto

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A partir da situação apresentada pelos presídios brasileiros, é possível compará-los com um tabuleiro de xadrez. Assim como os peões, presos são facilmente descartados e, no contexto da nossa sociedade, submetidos à condições que infringem até os Direitos Humanos. É fundamental que os poderes judiciário e empresarial resolvam os problemas, de modo que a população carcerária tenha a dignidade que é sua por direito.

Um dos principais problemas dentro de penitenciárias é a superlotação. Em um país onde 40% das pessoas mantidas em cárcere ainda não foram julgadas, é indubitável que há uma demora do sistema judiciário na realização dos processos. Com um número excessivo de presos provisórios, é necessário que uma solução de curto prazo seja realizada, como um mutirão para julgar quem aguarda o resultado do processo.

O episódio Urso Branco, da série Black Mirror, mostra uma mulher que foi condenada a lutar por sua vida diariamente, como punição para um crime que cometeu, enquanto seu sofrimento é observado por civis. Isso mostra que nossa sociedade confunde facilmente o sentimento de vingança com justiça. Assim sendo, a reinserção social de quem cumpriu pena é dificultada, principalmente porque quase ninguém oferece amparo para essas pessoas, pois ainda consideram-as criminosas.

Portanto, para que os problemas do sistema prisional brasileiro acabem, é imprescindível tratar o presidiário com dignidade. Realizar mutirões para julgar processos pendentes, do caso mais antigo para o mais recente, é uma forma de resolver a superlotação por meio do poder judiciário. Oferecer oportunidades para quem sai das cadeias também é essencial. Empresários deveriam ter uma quantidade de vagas para essas pessoas em suas empresas, pois, assim, mesmo que a longo prazo, elas seriam reinseridas na sociedade, evitando o retorno de muitas ao mundo do crime.