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Conrado de Castro Valise
Criar Ituverava

Guerra, amor e poder

Vivemos em um mundo repleto de desavenças. Os vários conflitos levam-nos a buscar medidas extremas para apaziguar nossas consciências. É justamente nesse desespero que criamos heróis para fortalecer nossas esperanças e mascarar a dura realidade que enfrentamos.

Nos tempos antigos, o homem criou e idolatrou ídolos supremos. Botou-lhes roupas, vícios e defeitos para que se assemelhassem a nós. Fez deles sua imagem e semelhança e denominou-os deuses. Desde então, tememos Ares, amamos Afrodite e respeitamos Zeus.

Em um passado não muito distante, a humilhação de uma derrota levou ao poder um sádico na Alemanha. Nos Estados Unidos, uma linda mulher tornou-se um símbolo sexual em uma época pós-crise. Em tempos mais atuais, os americanos do norte reelegeram o único homem dito capaz de cuidar da segurança do país.

Toda vez que assistimos a um período ruim, buscamos refúgio em um mundo ideal. Seja por "fugere urbem" ou "carpe diem", o homem sempre procurou afastar-se das dores e das tristezas, mas há hoje tantas delas que praticamente limitamos nossa realidade ao mero gesto de procurar mais um consolo.

Sempre haverão heróis e ídolos na medida em que nosso plano ideal for rompido e o mundo verdadeiro não nos satisfazer. Os deuses gregos pouco nos influenciam hoje, mas Hitler, Merilyn Monroe e Bush ainda têm grande peso na humanidade atual. Se todos fossem capazes de encarar seus problemas, talvez não precisássemos de tantos homens trajando vermelho, azul e branco.